A beterraba é cultivada desde a época pré-romana, porém, a beterraba-sacarina (Beta vulgaris L.) foi domesticada há relativamente pouco tempo, no final do século XVIII. A beterraba-sacarina é uma planta cuja raiz contém uma alta concentração de sacarose e que é cultivada comercialmente para a produção de açúcar.
A beterraba tem uma raiz cônica, branca e carnuda (raiz primária) com uma coroa plana. A planta é constituída pela raiz e uma roseta de folhas. O açúcar é formado pela fotossíntese nas folhas e depois é armazenado na raiz, contendo 75% de água, cerca de 20% de açúcar e 5% de polpa. A reprodução conduziu o cultivo de beterrabas com calendário reprodutivo bienal, florescendo somente após forte vernalização.
A beterraba-sacarina cresce exclusivamente na zona temperada, ao contrário da cana-de-açúcar, que cresce exclusivamente nas zonas tropicais e subtropicais. A beterraba-sacarina cultivada no hemisfério norte é normalmente plantada no início da primavera, com colheita de 5 a 9 meses depois, dependendo do solo e das condições ambientais.
Em climas mais quentes ou mediterrâneos, as “beterrabas de inverno” podem ser plantadas no outono para serem colhidas durante a primavera, verão ou outono seguintes.
A folhagem da beterraba-sacarina cresce a uma altura de cerca de 35 cm (14 pol.). Uma raiz de beterraba madura pode atingir 1 a 2 kg (2.2 a 4.4 libras) e pode conter 8% a 22% de sacarose em peso. A exigência mais importante é que o solo contenha grande suprimento de nutrientes, seja rico em húmus e seja capaz de conter uma grande quantidade de umidade. Os fertilizantes são aplicados à beterraba desde o início da semeadura e durante todo o período de crescimento.
Cerca de 37% do açúcar do mundo vem da beterraba (o restante é extraído da cana-de-açúcar). Com cerca de 42 milhões de toneladas, representando 15% da produção mundial de beterraba-sacarina, a Federação Russa é o principal país produtor, seguida pela França, Estados Unidos, Alemanha e Turquia. A produção total mundial de beterraba-sacarina é estimada em 275 milhões de toneladas (uma área total colhida próxima a 5 milhões de hectares), sendo, portanto, uma valiosa cultura convencional em todas as áreas temperadas do mundo.
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